Assembleia da República
Comissão de
Defesa Nacional
Relatório
das visitas
e dos Encontros de uma delegação da Comissão de Defesa Nacional com as
Comissões congéneres, com os Ministérios da Defesa e com as chefias militares,
da Alemanha, Bélgica, Reino Unido e França, sobre o Serviço Militar, em Fevereiro e Março de 1997.
_______________________
Índice:
Introdução 1
1 - A
Alemanha 4
2 - A
Bélgica 13
3 - O
Reino Unido 17
4 - A
França 25
5 - Conclusões
32
_______________________
1- A Alemanha
Origem da
Bundeswehr e antecedentes históricos
Para melhor
se entender a forma como o serviço militar é avaliado na Alemanha e as causas
do número excepcional de objectores de consciência é conveniente ter presente o
enquadramento histórico da sua origem e evolução.
Após a derrota da Alemanha na 2ª Guerra Mundial e a criação da RFA , o novo Estado Alemão Ocidental recriou as estruturas do Estado, nomeadamente as novas forças armadas e teve o privilégio de as poder criar com grande grau de liberdade. É assim que surge em 12 de Novembro de 1955, a Bundeswehr, criada no contexto do Estado de direito e da democracia parlamentar. Isto constituiu uma situação inédita na história militar da Alemanha.
Após a derrota da Alemanha na 2ª Guerra Mundial e a criação da RFA , o novo Estado Alemão Ocidental recriou as estruturas do Estado, nomeadamente as novas forças armadas e teve o privilégio de as poder criar com grande grau de liberdade. É assim que surge em 12 de Novembro de 1955, a Bundeswehr, criada no contexto do Estado de direito e da democracia parlamentar. Isto constituiu uma situação inédita na história militar da Alemanha.
A Bundeswehr
representa não apenas uma rotura com a Wehrmacht nazi mas também com a tradição
"prussiana" das forças armadas alemãs da república de Weimar, a
Reichwehr, que constituía um Estado dentro do Estado e era acusada de ter
facilitado a entrega do poder a Hitler.
As reservas
dos aliados ocidentais ao rearmamento alemão, o poderoso inimigo da véspera,
foram suplantadas pela dinâmica da guerra fria. Então, face à URSS e, em breve
também face ao outro Estado alemão, a RDA, -criado como resposta comunista à
criação da RFA - optou-se por forças armadas fortes para servirem de tampão a
Leste.
A criação da
Bundeswehr surgiu também num ambiente interno desfavorável, marcado pela grande
expansão das ideias pacifistas e pela memória ainda muito viva dos horrores da
2ª Guerra Mundial e dos crimes do Terceiro Reich.
A criação da
Bundeswehr suscitou, numa parte da população, um movimento de reacção com o
lema "Sem mim! Eu abstenho-me". Esta situação histórica permite
entender melhor o elevado número de objectores de consciência face ao serviço
militar .
A opção pelo
serviço militar obrigatório, decorrente de legislação de 1956, era
indispensável, do ponto de vista militar, para gerar uma grande massa de efetivos
face à superioridade numérica do Leste. Além disso o serviço militar
obrigatório, em virtude da maior ligação à sociedade civil que garante, era a
solução que dava maior tranquilidade a uma população traumatizada pela guerra e
foi aceite com naturalidade.
Por outro
lado, a conscrição fazia parte da tradição alemã. Tenha-se presente que ainda
antes da França foi a Prússia imperial a adoptar o SMO, não por razões
"republicanas" ou para ampliar os direitos individuais dos cidadãos
mas para com ele conseguir a superioridade numérica que lhe permitiu averbar
importantes vitórias no século XIX à sua vizinha e rival, a França. Disso é
exemplo, trágico para esta, a derrota de Napolção III à frente de um exército
de cem mil homens, em 1870, por Guilherme I da Prússia, que acaba por se
autoproclamar imperador, em Paris, em Janeiro de 1871 e anexar a Alsácia e a
Lorena.
Scharnhost,
patrono da Bundeswehr, propunha em 1807, ao imperador Frederico-Guilherme III,
a organização do exército com base na conscrição. Fundamenta a opção na
"aliança entre o Rei e a Nação", no princípio de que "todos os
habitantes do Estado são pelo seu nascimento seus defensores". A
conscrição acabou por ser um instrumento para a consolidação nacional de que a
Alemanha tanto carecia. A Alemanha ainda há pouco dividida numa multidão de
principados recuperava o conceito da revolução francesa do militar como
"cidadão em armas".
"A
Bundeswehr umas forças armadas "parlamentares""
A
Constituição alemã, no seu artigo 26º, interdita qualquer acto tendente à
preparação de uma guerra de agressão e o Tribunal Constitucional em Julho de
1994 definiu que todo e qualquer emprego de forças armadas alemãs fora do
âmbito da defesa nacional e territorial depende de autorização do Parlamento.
Desapareceu o conceito tradicional do "Comando
Supremo", exterior aos órçãos de soberania e o novo "poder de comando"
passou a ser exercido pelo Ministro da Defesa em tempo de paz e pelo Chanceler
em tempo de guerra mas submetido ao controlo do Parlamento.
Ao Presidente da República cabem direitos honoríficos
e o de nomear os oficiais e sargentos. O orçamento, a organização, estrutura e efetivos
das forças armadas dependem da aprovação do Parlamento apoiado na sua Comissão
de Defesa que tem também poderes de comissão de inquérito na esfera militar.
Novidade sem precedentes na história militar alemã, e
em ruptura com a tradição germano-prussiana, foi a criação do Delegado Militar
Parlamentar, uma espécie de provedor, eleito pelo Bundestag, que é uma
autoridade de apelo dos militares e detém poderes de controlo específico da
vida interna das forças armadas.
Diferentemente do que sucede em Portugal, no Reino
Unido e em outros países, na Alemanha não há tribunais militares nem os
conceito de crime militar ou essencialmente militar. Nem mesmo em tempo de
guerra. Toda a infracção que ultrapasse o domínio da disciplina militar é
julgado em tribunais civis.
Também no que diz respeito ao sindicalismo militar e às restrições aos direitos de cidadania a situação é diferente da de Portugal. Na Alemanha, os militares de qualquer patente podem estar inscritos em partidos políticos, assim como ter actividade partidária, desde que fora das unidades militares e sem farda. Nada os impossibilita de ter cargos partidários e ser eleitos para os diferentes órgãos de soberania. Neste caso, suspendem a actividade militar enquanto exercerem tais cargos.
Também no que diz respeito ao sindicalismo militar e às restrições aos direitos de cidadania a situação é diferente da de Portugal. Na Alemanha, os militares de qualquer patente podem estar inscritos em partidos políticos, assim como ter actividade partidária, desde que fora das unidades militares e sem farda. Nada os impossibilita de ter cargos partidários e ser eleitos para os diferentes órgãos de soberania. Neste caso, suspendem a actividade militar enquanto exercerem tais cargos.
Os militares têm nas unidades conselhos eleitos, dos
praças, dos sargentos ou dos oficiais, que os representam junto do superior
hierárquico.
Os militares, do SMO, contratados ou do quadro
permanente, podem filiar-se nos sindicatos da federação alemã dos militares,
onde se filia a maior parte dos sindicalizados ou no sindicato da função
pública, onde poucos o fazem.
Registe-se ainda que a Constituição alemã interdita às
mulheres o serviço militar e não determina se o serviço militar é obrigatório
ou voluntário. O carácter obrigatório do serviço militar é definido pela lei
ordinária.
As missões atribuídas às forças armadas alemãs estão,
de acordo com o "Livro Branco sobre a Segurança da República Federal Alemã
e a Situação e o Futuro da Bundeswehr", e são as seguintes:
- proteger
a Alemanha e os seus cidadãos contra a chantagem política e os riscos
exteriores;
- contribuir
para a estabilidade militar e a integração da Europa;
- assegurar a defesa da Alemanha e dos seus
aliados.
As acções no exterior, acções de
manutenção da paz, acções humanitárias ou outras no âmbito da ONU, que exigem
unidades baseadas no voluntariado, representam uma segunda linha de
prioridades.
A
participação das forças armadas alemãs no exterior, fora do âmbito da OTAN, são
uma realidade recente que tem vindo paulatinamente a abrir espaço, quer no
relacionamento internacional, face aos antigos (e alguns ainda presentes),
condicionamentos, tais como o da proibição de acesso às armas nucleares, quer
na opinião pública interna, onde o lema "guerra nunca mais" se mantém
vivo.
No entanto,
a pouco e pouco, a Alemanha tem vindo a aumentar a participação das suas forças
armadas no exterior. Primeiro com um hospital de campanha em Phnom Penh, no
Campochea, depois na Somália e recentemente na Bósnia -Herzegovina, com 4 mil
homens na IFOR.
Os efetivos
das forças armadas alemãs
As forças
armadas alemãs são constituídas por 338 mil militares organizados nos três
ramos tradicionais: Exército, com 235 mil efetivos, Força Aérea, com 76 mil e
Marinha com 27 mil homens.
O recrutamento assenta num sistema
misto que dá origem a diferentes categorias de efetivos: militares do serviço
militar obrigatório (SMO) que atualmente fazem dez meses de serviço militar,
militares contratados e militares do quadro permanente. Desde o início de 1996
há uma nova categoria de militares a que chamam de "voluntários" e
que são os militares do SMO, que após cumprirem os dez meses de serviço
obrigatório, continuam nas fileiras por um período compreendido entre um mínimo
de dois meses e um máximo de treze meses.
As forças armadas alemãs sofreram
fortes reduções após a queda do muro de Berlim, a absorção da RDA e o fim da
guerra fria.
Entre 1984 e 1992 os quadros
orgânicos estabeleciam 489 mil militares em tempo de paz e 1 milhão e 340 mil
homens em tempo de guerra, com as mobilização das reservas.
Para o período de 1993 a 1999,
aqueles valores numéricos foram reduzidos para 365 mil militares no ativo e uma
reserva de mobilização com um número idêntico de reservistas capaz de elevar
para 680 mil homens os efetivos em tempo de guerra.
Para o ano 2000 está planeada nova
redução passando para 335 mil os efetivos ao serviço e uma reserva de
mobilização igual à atual.
Sendo estes
os quadros orgânicos para aqueles períodos, na realidade os efetivos atuais são
já inferiores e aproximam-se dos montantes planificados para o ano 2000. As
forças armadas alemãs do ativo totalizam apenas 338 mil militares em 1997.
Quadro n.º1
Forças Armadas Alemãs
|
|||||
Anos
|
Ativo
|
Ativo + Reservas
|
|||
1990
|
495000
|
1340000
|
|||
1997
|
338000
|
680000
|
|||
2000
|
335000
|
680000
|
Os
conscritos nas forças armadas
No conjunto
das forças armadas alemãs os militares do serviço militar obrigatório mais os
do regime de voluntariado (extensão voluntária do SMO) são 135 mil. Os
militares de carreira mais os militares em regime de contrato são 200 mil. Os
restantes 3 mil são reservistas em exercício.
Através do
quadro que a seguir se apresenta pode observar-se que o número de militares do
serviço militar obrigatório são apenas quarenta por cento do total, no
Exército, uma percentagem idêntica à dos contratados (39%). Sublinhe-se a
presença, ainda que em número restrito, (1%), dos reservistas em exercício.
Os
"voluntários", antes da incorporação nas forças armadas, têm de
declarar essa sua opção e simultaneamente declararem-se disponíveis para
eventuais participações em acções no estrangeiro.
Esta
categoria de militares tem uma instrução militar mais prolongada que os do SMO.
Estes têm uma instrução de dois meses e os voluntários têm uma instrução
suplementar de 4 meses e podem participar nas forças de reacção rápida. Estas
são constituídas exclusivamente por voluntários ou contratados. Nelas não
participam, portanto, os militares do SMO.
Os voluntários estão nas forças de
reacção rápida numa percentagem da ordem dos 40% do total dos efetivos,
pertencendo os restantes 60% a militares contratados e do quadro permanente.
A continuação nas fileiras para além
dos 23 meses só é possível se o militar passar ao regime de contrato até um
mínimo de 4 e um máximo de 20 anos de permanência total nas fileiras.
As percentagens nos outros ramos das
forças armadas dos grupos SMO/voluntários/contratados é de 25/3/47 na força
aérea e de 13/9/54 na marinha. Esta relação mostra que os militares constritos
só são maioritários no exército e só estão presentes na classe dos praças.
Quadro n.º 2
Exército 238.000 militares
|
|||||||||
Força Aérea 77.400 militares
|
|||||||||
Marinha 27.200 militares
|
|||||||||
Efetivos em %
|
Exército
|
F. Aérea
|
Marinha
|
||||||
SMO
|
40
|
25
|
13
|
||||||
"Voluntários"
|
6
|
3
|
9
|
||||||
Contratados
|
39
|
47
|
54
|
||||||
Quadro Permanente
|
14
|
24
|
23
|
||||||
Reservas em exercício
|
1
|
1
|
1
|
||||||
O tempo de
SMO foi há poucos anos atrás reduzido de 12 para os atuais 10 meses, findos os
quais o praça passa à disponibilidade mantendo-se, no entanto, em situação de
poder ser convocado a todo o momento nos dois meses seguintes. Isto permite não
só a manutenção dos efetivos das unidades um pouco abaixo dos quadros orgânicos
como permite o aumento de efetivos em cerca de 30 mil homens, por simples
decisão governamental.
Outra forma
de acesso às forças armadas é através de contrato ou das escolas militares que
formam oficiais e sargentos do quadro permanente.
A hierarquia
atual das forças armadas alemãs, incluindo o topo da carreira militar, o corpo
de oficiais generais, tem origem, em partes sensivelmente iguais, em militares
que fizeram o SMO como praças, continuaram como contratados, fizeram os cursos
necessários e singraram na carreira posto a posto e, em militares que optaram
desde início pela carreira militar.
A
necessidade de manutenção do serviço militar obrigatório foi defendida com
muito ênfase, como indispensável para a defesa nacional e para o cumprimento
das responsabilidades da Alemanha no âmbito da OTAN, em suma, para o
cumprimento das missões que atualmente lhe estão atribuídas.
A defesa do
princípio da conscrição foi ilustrado com afirmações como as seguintes:
"... as
forças armadas alemãs são a coluna vertebral da defesa aliada na Europa. Não
podemos dispensar a possibilidade de aumentar rapidamente o número de efetivos
e isso só é possível com a conscrição";
"... os
nossos aliados vizinhos podem optar pelo sistema de voluntariado porque
descansam na capacidade de defesa das nossas forças armadas".
Para a
Alemanha, uma das razões principais para a manutenção da conscrição é a
capacidade que ela garante de criação de grandes reservas de mobilização. Tal
decisão decorre da avaliação que faz da situação política na Europa: apesar do
fim da guerra fria o Governo alemão considera haver muitas incertezas no plano
geoestratégico, principalmente a Leste, que não aconselham a diminuição de
capacidade de resposta militar.
Confrontados
com a opção francesa pela profissionalização das FFAA consideram que a França
pretende umas FFAA orientadas para intervenção no exterior no âmbito das novas
missões da ONU.
No entanto,
sublinhe-se que também neste campo a Bundeswehr não descura o seu futuro pois a
curto prazo pretendem elevar para 50 mil os efetivos das forças de reacção
rápida.
As coisas
não são vistas da mesma forma a partir de Paris, a avaliarmos pelas
preocupações do Senador Francês, M. Delanoe, ao interrogar o adido de defesa
alemão, general Schweinsteiger, em audição, no Senado, sobre "O Futuro do
Serviço Nacional":
"...No
debate atual que agita todas as forças armadas europeias e todo os políticos
qual é a justificação para manter umas forças armadas tão grandes em efetivos?"
A reposta
foi idêntica à que obtivemos em Bona. A insegurança quanto à estabilização do
quadro geoestratégico a Leste.
Os Custos
A opção pela conscrição, para além de garantir o
número indispensável ao nível de efetivos decidido para as forças armadas
alemãs em tempo de paz e especialmente para o formato em tempo de guerra, foi
fundamentada também na garantia que ela dá à permanência de forças armadas
"jovens", "inteligentes" (seleccionando os saberes dos
conscritos) e democráticas. E nos custos menores de umas forças armadas de
conscritos. Um militar do SMO custa por ano, 25.857 marcos, enquanto que para
os voluntários e os contratados o custo correspondente aumenta para 32.849 e
48.319 marcos respectivamente.
Foi reiterada a afirmação de que as forças armadas
alemãs gozam de grande prestígio e apoio da população e que sondagens regulares
revelam uma evolução da opinião a favor da conscrição.
Em sondagem realizada em 1996, manifestaram-se a favor
do SMO 63% dos inquiridos e a favor do voluntariado 36 %.
O valor da sondagem fica, no entanto, relativizado
pelo conhecimento das altas percentagens de opção pelo serviço civil através da
declaração de objecção de consciência, que chegam a aproximar-se dos 50% do
contingente anual. As próprias chefias militares explicam que uma coisa é a
opinião favorável à conscrição e outra a decisão dos jovens, determinada pelo
"pragmatismo"!
A objecção de consciência
A guerra do Golfo e a perspetiva de
intervenções alemãs no estrangeiro aumentou as reservas à prestação do serviço
militar e contribui para o aumento em flecha do número de objectores a partir
de 1990.
Outra razão ainda mais determinante
para esse aumento foi a decisão de prescindir dos júris que decidiam do
fundamento do pedido de objecção de consciência. Desde então, o mancebo pode
escolher sem qualquer constrangimento entre o serviço militar ou o serviço
cívico.
O serviço cívico tem contra si a duração superior em
três meses à do SMO. Mas tem a seu favor a escolha de um local próximo da
residência (trabalho social, em geral) com a possibilidade de ir dormir a casa.
O objector de consciência recebe o
mesmo pré, em valor real, que o militar mas, como não recebe alimentação e
alojamento das forças armadas, o dinheiro "cash" que aufere é
duplo daquele que o soldado recebe, cerca de novecentos marcos contra cerca de
quatrocentos e cinquenta marcos para o soldado.
Para recrutarem para o SMO os
"voluntários" suficientes, as forças armadas alemãs, fazem um intenso
marqueting e oferecem um conjunto de incentivos importantes:
especialização profissional com equivalência na vida civil, facilidades de
emprego, residência militar durante algum tempo após a passagem à
disponibilidade enquanto o licenciado não tenha casa. Mais recentemente criaram
um subsídio de deslocação com duas componentes: um subsídio de transporte para
quem esteja colocado até 90 km de casa, e um subsídio de pernoita no quartel
para quem está colocado em unidades a maior distância da residência.
Esta situação do serviço militar obrigatório
alemão levou o Senador francês, M. Clouet, a concluir, após a audição acima
referida, ao adido de defesa alemão em Paris, no Senado francês:
"Obrigado meu General. Concluo
no meu foro íntimo e a título puramente pessoal, que as forças armadas alemãs
são umas forças armadas de voluntários disfarçados de conscritos. Os que fazem
dez meses obrigatórios só o fazem se assim bem o entenderem. Se não o quiserem
fazer são pagos a dobrar"!
Quadro n.º 3
Evolução do
número de objectores de consciência na Alemanha
Ano
|
1988
|
1989
|
1990
|
1991
|
1992
|
1995
|
1996
|
|
Nº de objectores
|
77.048
|
77.398
|
74.569
|
150.722
|
133.868
|
160.569
|
156.763
|
Receando que
a opção pelo serviço civil possa impedir o recrutamento do número indispensável
de recrutas, as forças armadas têm, desde 1995, um programa de promoção do SMO
e de captação dos jovens para o serviço militar.
É um programa muito ambicioso que
tem ao seu dispor poderosos meios de comunicação e pretende chegar de forma
sistemática a todos os jovens em idade militar e às respetivas famílias.
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